Pular para o conteúdo principal

O nosso cafezinho

            Hoje é o Dia Nacional do Café. Desde 2005 a data faz parte do calendário brasileiro. Trago aqui, como uma homenagem, uma pequena história deste fruto, uma das duas que eu já ouvi e a que gosto mais.      
            Diz a historia que o primeiro homem que bebeu o café foi Mufti da cidade de  Áden, no Iémen, na extremidade sul da península arábica. Mufti viveu na época do ano 900 D.C. Mas de acordo com a outra tradição, a descoberta do café se deve a um certo mullah, uma espécie de mestre muçulmano, chamado Chadely cujo nome é conhecido no Oriente Médio. Este homem santo sempre adormecia no meio das preces em sua devoção e isto o atormentava. Conforme a lenda, o Profeta teve pena dele e o levou ao encontro de um pastor de cabras que explicou que quando as cabras comiam certo grão de arbusto ficavam acordadas durante a noite toda, brincando e pulando no pasto. Chadely pediu ao pastor que lhe mostrasse o arbusto, tirou algumas frutas parecidas com cerejas, porem pouco menores, e as levou. Era o arbusto do café.
O mestre amassou os grãos que tirou das frutas que levou, preparou água fervida e os colocou dentro. Assim teria sido preparado o primeiro café.
            Aqui no Brasil, o grão chegou em 1727 trazido por um jovem oficial de nome Francisco de Mello Palheta.
            Até bem muito pouco tempo só tínhamos acesso às tradicionais marcas industrializadas nos supermercados e ao cafezinho servido em bares ou padarias. Hoje existem cafeterias especializadas em café gourmet que oferecem até misturas de dois ou mais tipos de grão.
            A prática do cafezinho após as refeições é bem brasileira, vamos falar rapidamente deste hábito no que diz respeito à Etiqueta.
            Para começar, após a refeição o cafezinho não é servido à mesa. A dona da casa deve conduzir seus convidados à sala de estar. Se for ela quem o serve, a empregada traz a bandeja com as xícaras, bule, açucareiro e os deposita numa mesa ou console. A dona da casa coloca o açúcar e a seguir o café, apresentando uma xícara a cada convidado. No caso da copeira servir, esta trará a bandeja com as duas mãos onde estarão as xícaras com o café e o açucareiro para que o convidado se sirva apenas do açúcar. Se for o garçom quem serve, em ocasiões mais formais, ele traz na mão esquerda a bandeja com as xícaras e o açucareiro e os apresenta a cada convidado. Cada qual faz uso de uma xícara e do açúcar e o garçom então servirá o café.
            Logo após o café, o dono da casa pode oferecer um licor. Em ocasião formal, ainda servido pelo garçom.
            Como eu adoro um cafezinho, meus parabéns para o Café.
            Aproveitem, convidem um amigo para um cafezinho e um gostoso bate-papo.

Comentários

  1. Parabéns por seu blog inteligente,simples e claro abordando um tema tão necessário e urgente nos dias atuais, onde a civilidade está sendo esquecida.
    Estarei sempre aqui aprendendo e reciclando
    Felicidades e sucesso.
    VCR

    ResponderExcluir
  2. VC, é uma pessoa iluminada , forte como um Bom Café.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe seu comentário, ele é importante para a melhoria do conteúdo deste blog. Obrigada, M. de Li

Postagens mais visitadas deste blog

Cheias de Charme

Na onda da novela Cheias de Charme da Rede Globo, lembro que a Etiqueta também permeia as relações entre patrões e empregados. Quando contratamos uma empregada doméstica devemos expor minunciosamente o funcionamento da casa e serviço a fazer; suas obrigações para com o trabalho e seus deveres para consigo mesma orientando-a para que se apresente sempre limpa, uniformizada, se for o caso, e calçada adequadamente. Ensinar-lhe todas as regras de Etiqueta que regem a casa como atender a porta, ao telefone, servir a mesa, receber visitas e etc Tratar salário e condições de pagamento - e ser pontual ao fazê-lo. Contratar para determinados serviços e acrescentar outros é abuso de boa fé e dará direito a reclamações.
Dia Internacional da Mulher, um dia para ser celebrado. Mostre os seu sinais " Chega um tempo em que toda mulher passa a ser senhora da própria beleza. Não é mais uma beleza ingênua ou atrevida. É a beleza segura e misteriosa de quem se admira. A beleza envolvente de quem se deixa admirar. Olhe o seu sorriso espontâneo, o brilho do seu olhar, a sua pele radiante. Em tudo, mais do que o tempo, essa mulher mostra os belos sinais da vida bem celebrada. Porque o tempo não é a mesma coisa que a vida. A alegria, a experiência, a intensidade de cada pequeno gesto não contam no tempo. Mas contam para a vida. "
Espontaneidade não significa falta de educação, por isso, ensine seus filhos a se comportar em sociedade desde cedo. Etiqueta pode parecer coisa séria e sem graça, mas também é assunto de criança. Ensinar as regras de comportamento em sociedade tem, em alguns aspectos, a mesma função de colocar as crianças num curso de inglês ou computação: este tipo de aprendizado lhes dará ferramentas para poderem conviver melhor no mundo. Não quero dizer que uma criança deva se portar sempre como um adulto - bem educado, claro -  e perder toda a espontaneidade característica da infância. Mas espontaneidade não significa falta de educação, por isso, ensine as crianças a comportar-se em sociedade desde cedo. O mundo mudou e, até para os adultos, as normas de etiqueta se tornaram muito mais flexíveis. A ideia é transmitir os princípios básicos de civilidade, incutir alguns bons hábitos e, por que não, ensinar as regras de Etiqueta. Fazendo tudo com muito jeito, você deixará as crianças nat...